O videogame teve um grande desenvolvimento, onde com o
passar dos anos foi evoluindo para atender as necessidades dos nem sempre
“jovens” jogadores.
1958-O desconhecido
Depois de muitas contradições, há consenso hoje entre os
historiadores que o primeiro jogo conhecido foi criado pelo físico Willy
Higinbotham, usado para atrair visitantes para Brookhaven National
Laboratories, no estado de Nova Iorque. Estavam em plena Guerra Fria, era comum
um dia para visitação em laboratórios tecnoogicos, e com o poderio nuclear do
Tio Sam. Willy, preocupado em chamar atenção dos visitantes, criou em suas
horas vagas um jogo de tênis bastante simples, que era mostrado em um
osciloscópio e processado por um computador analógico. Foi um sucesso, e durante
meses, era a atração mais cobiçada pelo público
O inventor aperfeiçoou o jogo dando o nome de "Tennis
Programming", adaptando-o para ser mostrado em um monitor de 15 polegadas,
nunca sido patenteado.
1968- Patente do videogame
Ralph Baer, hoje é conhecido mundialmente como o pai dos
consoles de videogame. Com medo das loucuras de Hitler, fugiu da Alemanha
nazista em 1938, indo morar nos Estados Unidos. Mas de nada adiantou, pois os
EUA entraram na 2º Guerra no ano seguinte, ele voltou a Europa para a batalha,
trabalhando no serviço de inteligência, de onde saiu com vida. De volta ao
mundo livre, e depois de conseguir seu diploma em engenharia eletrônica, Baer
trabalhou em várias empresas, mexendo com Radio e TVs e patenteando diversas
invenções na sua área. Mas foi como empregado da Sander Associates, em 1966,
que ele teve a idéia que colocaria para sempre seu nome nos anais da história.
Sua criação seria uma máquina que rodasse jogos eletrônicos através
da TV, que custasse barato e pudesse ser utilizada por qualquer pessoa que
quisesse se divertir.
Com o auxílio de amigos e colegas na Sanders Associates,
surgiu em 1967 um primeiro esboço de sua idéia, o "chasing game", um
rudimentar jogo de "Ping Pong", onde 2 quadrados controlados pelo
jogador podiam ser movidos pela tela. Satisfeito com a idéia geral do produto,
Baer tratou de patenteá-lo e apresentou em 1968 o protótipo do videogame,
chamado de "Brown Box", e que rodava jogos de futebol, voleibol e até
mesmo de tiro.
1972 - NASCE O PRIMEIRO CONSOLE CASEIRO DE VIDEOGAME, O
MAGNAVOX ODYSSEY 100
Fruto do protótipo "Brown Box", desenvolvido por
Ralph Baer, chega às prateleiras americanas em 1972 o primeiro console de
videogame da historia, o Odyssey 100, fabricado pelo subsidiária Magnavox,
da Philips holandesa.
No ano de lançamento foram vendidos 100.000 Odyssey 100 e
20.000 rifles, mas as vendas foram caindo gradativamente devido ao desinteresse
do público pela novidade, ainda muito obsoleta mesmo para os padrões da época.
Foi então que entrou em cena Nolan Bushnell, o grande responsável pela mudança
de paradigma no mercado de videogames...
1974 - Entram EM CENA NOLAN BUSHNELL E O SUCESSO PONG
Willy Higinbotham pode ter sido o pioneiro, Stephen Russell,
o notável, e Ralph Baer, o homem que inventou o console caseiro de jogos, mas
não podemos negar que a história dos videogames está intimamente ligada a Nolan
Bushnell, o homem que popularizou esta forma de entretenimento.
1976 - SURGE O FAIRCHILD CHANNEL F, O PRIMEIRO CONSOLE
PROGRAMÁVEL DA HISTÓRIA
Eis aqui um ilustre desconhecido de todos nós,
o Zircon/Fairchild Channel F. Seu nome aparece nesta matéria
devido a uma novidade que mudou para sempre a indústria gamística: foi o
primeiro console "programável", onde o usuário poderia trocar os
jogos que eram acondicionados em cartuchos. Não era mais necessário fazer operações
complicadas para mudar o jogo; você poderia comprá-los nas lojas, quando
quisesse. O engraçado é que os cartuchos vinham numerados - já que a Fairchild
era a única fabricante de jogos - para não confundir o consumidor. Desta forma,
o usuário economizaria no hardware, e gastaria mais no software, teoria que
ainda hoje é a base da indústria de videogames. O Channel F vinha com
uma biblioteca de jogos diversificada, que continha desde conversões de
clássicos dos arcades, como Computer Space e Space Invaders (lançado mais
tarde), títulos de esporte (Hockey e Tennis) até versões digitais de jogos de
tabuleiro e cartas como Forca, Gamão, Jogo da Velha e Poker
1977 - A RCA LANÇA O STUDIO II
A RCA também queria pegar uma fatia do promissor mercado de
consoles (afinal de contas, ela perdeu o bonde da história ao recusar o projeto
"Brown Box" de Ralph Baer, que iria se transformar no Odyssey
100), e lançou no início de 1977 o Studio II, um console
"programável" como o Channel F. O Studio II tinha
quatro jogos embutidos em sua memória principal, além dos jogos extra em
cartuchos. A grande novidade era um teclado numérico disposto no console, em
substituição aos "paddles" (controles em formato de roda)
onipresentes na época.
NOVEMBRO DE 1977 - INICIA-SE A IDADE DE OURO DOS VIDEOGAMES
COM O ATARI VIDEO COMPUTER SYSTEM
1976: a gigante Warner Communications compra a Atari
(fundada por Nolan Bushnell) de olho no promissor mercado de entretenimento. No
final do ano seguinte é lançado o AtariVCS (Video Computer System),
videogame que catapultou a indústria gamística, e que logo se transformou em um
dos ícones culturais da década. Seus 128 bytes de memória e 1.19 Mhz de
velocidade do processador e da placa de vídeo, marcavam uma nova geração nos
consoles domésticos.
Mas, ao contrário do que todos pensam, o Atari VCS (que
mudou o seu nome para Atari2600 logo depois do lançamento) não obteve
vendas satisfatórias no início de sua carreira, causando um sério atrito entre
o presidente da Warner e Bushnell, que abandonou a companhia. Os executivos da
Warner, alarmados com o iminente fracasso comercial da nova plataforma,
"forçaram" fabricantes de periféricos e softhouses (entre elas a
própria Atari) a inundarem o mercado com centenas de novos jogos e acessórios
para o console.
1978 - A BALLY LANÇA O PROFESSIONAL ARCADE
Em desenvolvimento na mesma época do Atari 2600,
mas com atrasos no cronograma, a Bally lançou apenas no ano seguinte o Professional
Arcade, utilizando o "poderoso" chip Z80, 4 KB de memória e 4 canais
de som.
1978 - É LANÇADA A SEGUNDA GERAÇÃO DO ODYSSEY
Embalada com o sucesso do Atari 2600, a Magnavox
resolve lançar a segunda geração de seu console pioneiro, o Odyssey.
Intitulado de Odyssey 2, ele desembarcou no mercado americano em 1978 sob
uma forte campanha de marketing, que podemos considerar a mais exagerada da
história.
1979 - SURGE O PRIMEIRO PORTÁTIL DA HISTÓRIA, O MILTON
BRADLEY MICROVISION
Quem iria imaginar que na década de 70 já estaríamos jogando
em consoles portáteis? Pois é, por incrível que pareça, o pai do Game Boy e Game
Gear já tinha sido inventado naquela época. Ele era o Microvision,
fabricado pela Milton Bradley.
1980 - O INTELLIVISION CHEGA AO MERCADO, E AMEAÇA O REINADO
DO ATARI 2600
A Mattel, uma das maiores fabricantes de brinquedos dos EUA,
resolve entrar no mercado de consoles e lança o Intellivision (Intelligent
Television) - através da subsidiária Mattel Electronics - para tentar
derrubar o Atari 2600. O Intellivision apresentava melhores
gráficos e resolução (160x92 pixels, 16 cores, 8 sprites) que o seu
concorrente, graças ao primitivo processador de 16 bits que utilizava (um dos
primeiros produzidos na década de 70). 12 jogos foram disponibilizados
inicialmente, e os primeiros 200 mil consoles foram vendidos em tempo recorde.
1982 - MAIS UM ASPIRANTE A CONCORRENTE DO ATARI 2600
FRACASSA
Eis aqui um ilustre desconhecido de todos nós, o
Emerson Arcadia 2001, que foi lançado para tentar competir com o Atari
2600 e Mattel Intellivision no crescente mercado de videogames.
O maior problema do console foi seu hardware obsoleto, fruto de um
"timing" equivocado do seu fabricante. Embora fosse mais potente que
o Atari 2600, ele ainda perdia em performance gráfica para o velho Intellivision,
lançado em 1980! E ainda, sofreria a concorrência da 3ª geração de consoles que
estaria surgindo neste mesmo ano, encabeçada pelo Colecovision e Atari
5200. Resultado? O Arcadia 2001 não vingou..
AGOSTO DE 1982 - O COLECOVISION É LANÇADO, E SURGE A
TERCEIRA GERAÇÃO DE VIDEOGAMES
O que acontece quando uma companhia que produzia couro -
a Conneticut LeatherCompany - e que quase foi a falência nos anos 70,
resolve produzir um videogame? Simples, ela lançou o primeiro console que
conseguiu a façanha de derrubar o poderosoAtari 2600, e que tinha o melhor
hardware em sua geração.Muitos atribuem o título de "melhor console de
todos os tempos" ao ColecoVision, devido aos excelentes gráficos para
a época, e à seleção de jogos de altíssima qualidade e jogabilidade. Lançado
por US$ 175 em 1982, o ColecoVision chacoalhou o domínio da empresa
fundada por Nolan Bushnell, apesar de custar US$ 75 a mais que o Atari
2600.
SETEMBRO DE 1982 - A ATARI LANÇA O 5200 PARA COMPETIR COM O
COLECOVISION
A história do desenvolvimento do 5200 é curiosa.
Na década de 70, o tempo médio de vida de um videogame no mercado era estimado
em 2 anos. A Atari jamais imaginou que, em 1982, seu 2600 ainda
estaria vivo. O console já estava velhinho, e não tinha mais condições de
competir com os novos concorrentes que estavam surgindo no mercado.
Ameaçada com a concorrência do Mattel Intellvision, que
surgiu em 1980, a empresa foi forçada a desenvolver uma versão mais poderosa do
Atari, que internamente era chamada de 3600, Sylvia ou System X. Este
console deveria ser compatível com o 2600, e apresentaria gráficos e sons
um pouco melhores do que o Intellivision. O 3600 deveria estar
nas prateleiras no começo de 1982.
NOVEMBRO DE 1982 - É LANÇADO O PRIMEIRO CONSOLE VETORIAL DA
HISTÓRIA, O GCE/MILTON BRADLEY VECTREX
A história dos consoles teve seus momentos de estranheza e,
para muitos, de charme. O GCE Vectrex, que alguns meses depois de seu
lançamento foi adquirido pela Milton Bradley, é um capítulo vivo desta
história. Projetado para mostrar imagens vetoriais sofisticadas (ao invés de
pixels, como a maioria dos jogos da época utilizava), o Vectrextinha um
poderoso processador Motorola 68A09 (1,5 MHZ) e um excelente chip de som
programável.
1983 - SURGE O MSX, O MAIS CONSOLE DE TODOS OS COMPUTADORES
Enquanto o mercado americano estava em franca decadência
devido à superpopulação de consoles e jogos medíocres, vindos principalmente da
Atari; um executivo, não muito famoso na época (Bill Gates), e sua pequena
empresa, a Microsoft, anunciavam um acordo com a japonesa Ascii para a criação
do padrão aberto MSX, que pretendia ser o VHS dos computadores. O MSX foi
uma idéia originalmente bolada por Kazuhiko Nishi, vice-presidente da Ascii,
que queria um computador rápido, flexível e barato para fazer frente aos IBM
PC, dominantes na época. O padrão 8 bits (ao contrário dos PCs, de 16 bits) foi
considerado por questões econômicas e logísticas, e o MSX nasceu com
a responsabilidade de ser o "computador pessoal definitivo".
1985 - O PADRÃO MSX 2.0 CHEGA AO MERCADO
Insatisfeito com a qualidade gráfica apresentada pelo MSX,
principalmente pelo avanço da concorrência, o consórcio de empresas detentor do
padrão apresentou em 1985 o MSX 2.0, uma grande evolução do computador,
mas que ainda era baseado no processador Z-80 de 8 bits.
A diferença é que no MSX 2.0 se tinha mais RAM (64
KB, no mínimo), VRAM (pelo menos 64 KB), um relógio interno em tempo real e uma
Sub-Rom de 16 KB (além da Bios de 32 KB). Além disso, a placa de vídeo
utilizada seria um modelo superior da Yamaha, a nova V9938, capaz de mostrar
até 256 cores simultâneas. O sistema operacional sofreu um upgrade para o MSX
Basic V2.0, mas é claro, o computador ainda era compatível com todos os
softwares do MSX antigo.
O começo da inovação
O ano de 1989 trouxe inovações e sucesso de mercado para o
mundo dos games. Foi lançado o TurboGrafx-16, um console de 16-bit com tocador
de CD. Pela primeira vez, jogos podiam ser rodados do CD. Também foi lançado o
Genesis, da Sega, console de 16-bit que vinha com o hit Altered Beast. Foi
também em 1989 que o áudio para jogos no computador deu um salto com o
surgimento das placas Sound Blaster, da Creative Labs, sucedendo as placas Ad
Lib que eram o padrão até então.
Os anos 90 marcaram um período de inovação nos video games com
a transição dos pixels para gráficos 3D graças ao crescente poder de
processadores para computador e também às melhorias nos aspectos multimídia
trazidos pelas placas de áudio e CD-ROM. Também foi nesta década que gêneros
como FPS, estratégia em tempo real e os MMO se popularizaram.
Os anos 90 marcam o período em que os consoles domésticos
superam os arcades. O ano de 1990 já começa com sucesso para a Nintendo com o
lançamento do Super Mario 3, o jogo de cartucho mais vendido de toda a
história. A Nintendo ainda lança o Super Famicom, um sistema de 16-bit com
gráficos 3D e áudio superiores aos concorrentes Genesis e TurboGrafx.
Foi em 1990 também que surgiu no mercado o NeoGeo, um
console de 24-bit que superava e muito a concorrência, mas o preço salgado
prejudicou as vendas.
Em 1991, a Nintendo lança o Super Famicom nos Estados
Unidos, batizado de Super NES (SNES). No mesmo ano, é lançado o
segundo Street Fighter, jogo que deu vida nova aos arcades e foi sucesso
estrondoso de público.
A Sega apostou em sucessos do arcade em versões
“caseiras”: Afterburner II, E-Swat e outros títulos saíam das
grandes máquinas para as televisões. Fechando o ano, a Commodore anuncia o
CDTV, um computador sem teclado, basicamente. Foi o primeiro sistema com
softwares educacionais além de jogos, todos comercializados em CDs.
Para competir com o Mario, a Sega apresentou o porco-espinho
mais conhecido dos games: Sonic. A tacada da Sega apostava em duas
consequências do contexto daquela época. Primeiro, o crescimento da geração
Nintendo: o alvo da Sega eram os jogadores mais velhos. Segundo, a figura do
anti-herói, que representava a desistência de lutar contra o sistema.
A década de 90 registrou também as primeiras discussões
sobre o nível de violência nos jogos. Títulos como Mortal
Kombat e Night Trap (ambos de 1992) chamaram a atenção de
congressistas estadunidenses. O resultado foi a criação do sistema ERSB, que
indica a idade recomendada e o nível de violência na capa dos jogos.
Um dos vídeos games de maior sucesso hoje foi lançado no
Japão em 1994: o Sony PlayStation. A Sony anteriormente trabalhava com a
Nintendo para o lançamento de um console com CD, algo que nunca se concretizou.
No mesmo ano, também foi lançado o concorrente Sega Saturn. No ano seguinte, os
dois consoles chegaram aos Estados Unidos e o PlayStation, com preço menor e
mais títulos, não demorou a faturar o mercado.
A Nintendo não ficou de fora na briga e apresentou o N64 no
Japão. Apesar de boa vendagem inicial, o console sofreu por algum tempo devido
à carência de títulos. O tempo de desenvolvimento entre um título e outro era
até de meses. O console chegou aos Estados Unidos no ano seguinte.
A temporada de Natal de 1996 foi generosa para Sony e Nintendo,
que venderam milhões de unidades dos seus consoles – N64 e PlayStation. Na
briga, o PlayStation se deu ainda melhor, chegando a 20 milhões de unidades
vendidas em abril de 1997, ano que ficou marcado por uma manobra inesperada da
Nintendo: em uma época dominada pelos consoles de 64-bit, a japonesa lançou uma
versão “enxuta” do SNES, o Super Nintendo 2.0.
Um jogo alcançou a marca de 300 mil unidades vendidas e
consolidou o sucesso do N64, no final de 97: StarFox. Detalhe: esse número
foi batido em cinco dias. Há quem rebata a informação e diga que Final
Fantasy VII superou esta marca no Japão, com 2 milhões de unidades
vendidas em três dias.
Referências:
Nenhum comentário:
Postar um comentário